quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Devaneios no deserto

Minha locura comeca, num tempo distante
Embaixo do Meditarrenêo, onde a areia jorrava do céu

Nos templos do Egito, em um deserto imenso
Que gritava nu fazendo a sombra se deitar

Na mente o eco de andar
Trazia ensurdecedoramente, o destino de delirar

Serpentes rastenjando, a divagar o tempo
Contido no cheiro do sol que denunciava as paginas do templo
Caminhamos sob o livro e ficamos perdidos
Folheamos areias que escorrem, nela somos entretidos

Sendo assim,
O aviso era tragado pelo barulho
A turbulencia causada pelo eco
Sugava os pensamentos; o rio estava parado.

E o homem ainda nem tinha notado:
As suas palpebras haviam secado

Um piscar conduziu
Uma gota d'agua pela sua boca
O rio já podia seguir
E sentir a areia solta se unir

A chuva livre do céu
Escolhera escorrer entre a areia
Desenhava uma praia para quem admirava deitado
Desfazendo teias de um eco a sonhar

Teias de sonho
Teias de sonho

O deserto queria mais espaço
A aguá enxugava suas lágrimas
E o vendaval congelava o momento

Veio até o fogo bater palma no final
Deixou até o bocejar da noite:
Uma linda aurora boreal

Enquanto isso a serpente contemplava
Nadando em volta de um cacto
Em circulos, ela esperava
A volta do mundo feito de factos

Aquele mesmo mundo debaixo das areias
Aquele que enxergava demais
E nao via os sinais.

Ela já sabia da festa marcada pelas estrelas

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