domingo, 25 de julho de 2010

Epifania

Num lugar mais longe
Onde a visão não enxerga
Contudo, era perto o suficiente
Para o meu braço alcançar

Já se passava das três manhã
Minha visão já não me respondia com um feedback
Minha mão fazia o mesmo movimento
Há mais de 5 horas

A chuva me acordara um pouco
Me lembrava que antes conversava com uma estranha
Agora eram dois outros estranhos
Um era chato e seu amigo apático

Mas havia despertado um pouco
Mesmo arrebatado para outro mundo

A chuva flutuava
Em cima do calçadão preto e branco
E suas cores iam se misturando
A areia que mais parecia lama fazia este trabalho

Momentos de epifanias
Seriam estes também ciclos ?
Varridos pelo atendente do quiosque
Era hora de ser varrido também

Eu molhado que nem a areia
Era varrido por minhas pernas sem vontade
Em direção a um destino que nao conhecia

Talvez tenha me expressado mal
Não estava sem vontade
Mas desconhecia por que andava,
Ainda assim andava com um sorriso na cara

Cheguei na casa de meu avô
Pensando que ainda era cedo
O relogio fez questão de dizer que já era muito tarde
Mas nunca me senti tanto no momento certo

Epifanias.

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