sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Vaga Lumen

vamos falar de vagalumes
luzes que vagam

luzes que acendem
eu queria ter

luzes
sempre acendem
e ascendem

tão simples
é sem imagem
só luz
a fonte de todas as imagens
nos eleva na magia
nos hipnotiza

e fortalece
inspira
...
..
expira
respira

inspira

e move.

inspira
aquece
fortalece
cura
faz fumaça
envia pro céu
move
cura

desapega
luz, luz, luz

Fogo Sagrado

quarta-feira, 6 de março de 2013

Que a cura venha

Espero
A calma envolver,
Escolher
As palavras
E o silêncio
Entre eu e você...

Há muito mais silêncio:
Compreensivo,
Compassivo
Estas são as palavras invisíveis
Que lhe escrevo

Fogo
À estalar
Fazendo tudo morrer
Em uma dança!
Trágico e sublime
Em um só sentimento
Vulcânico

Para fazer brotar
A Fênix
Moradora do lar
Do coração


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Com Versos
Vou abrindo o salão
Segue Índio
A serpente
Pelo caminho agradável

Graças...

Converso
Vou me entendendo
Seguindo
O trem
Pelo trilho do tempo

Graças, Grande Espírito

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Santo momento

Assim te conduzo
Numa dança
Em um quarto escuro

Te engano
No som
Dentro do som

Revelo-te
Com palavras
Misteriosas

Busco
Com você
A mesma coisa:
Você
E eu

Me entrego
Pois há em ti e no momento
O fogo rebento

Espero
Escuto
Sinto

Tu, irmão e irmã
Me complementam

Feito para nós,
Humano

Quando nos unimos
e damos as mãos:
vamos acendendo
uma vela
e depois outra

Iluminando um grande salão
Em que as almas dançam rodipiantes
Na alegria do complemento

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Graças a Deus

Noite em trevas
Silêncio dos animais
Maré in certa
Assim como as linhas certas do Senhor:
Espirais em funções fractais
- que exprimem a vontade
Da bondade
e do amor

O farol brilha como uma chama de vela
Vela o prisma das 7 cores
A paz da Terra
Já fulgura nos olhos de quem já a vê

Liberta-te
Libera de teu seio
Toda forma
Todo magma
Toda essa força
Bendita
Que já não cabe mais a tu

Fizeste dela o pó
A tua cadeia
E teu companheiro
Os pés do teu corpo
Bendito és

Agora
Nada és
Já foiste
Este sagrado fogo não precisa mais existir
Pois sou
Nada quero ou desejo
Transmuto esse fogo sagrado, este magma expansivo
Criador e destruidor
Em um frágil e incorruptível cristal
Que resplandece uma luz sutil
Agradável
...
Serena
...

Assim como o mar repousa em cima da terra
...Sereno...

Terra esta que era magma
Terra esta que quando se une, forma o cristal
Estrutura física limitada
Realidade única da infinita potencialidade
Da sutileza das oitavas

A água por ela passa gentilmente
Entre ela
Sem se sujar
Nutre A vida

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Letras Brancas

Folha em branco
Todos os pensamentos se dão passagem
Sem responsabilidade de coesão
Harmonia sem ilusão
Incognoscível é o não manifesto
Pensamento próprio

Ou manifesto no limiar da matéria, em uma nebulosa intergalática
Produzidas pelo eletromagnetismo cerebral, uma nebulosa cerebral ?
Se olhamos daqui, vemos força
Se olhamos de lá, vemos forma

Não haveria tinta
Nem cores
Nuvens ou
Frases
No entanto,
Haveria Sol
Haveria olhos
E um bambu

Aquele que tem o dom de interpretar com o coração,
Onde cada estrela se alinha com o Sol

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reflexo fractalis

O bebe olha entretido para a mão
Ve lá atrás um pé bem grandão
Homem enxerga o quadro de Dali
Acha familiar o ovo
O velho respira e sorrindo olha a árvore
E devagarzinho vai abrindo sua mão

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Primavera

O vento não mente
As árvores tremem
E o homem observa

Sente o sol calentar
E o vento esfriar

Ve o amor chegar
Pelo ar
Ve as folhas voando
O tempo passando

A primavera, finalmente chegando
As flores logo, logo estarão conquistando
Corações vazios, e sonhos distantes

Tudo isso passando
Diante seus olhos
Para que o homem possa chegar a antever

A vida irá florir!

Ele então sorri e diz a si

"ò grande vento que sopra diante de mim
que trouxe o infinito, perpetuando a beleza
Trouxe flores, junto ao frio,
Trouxe o vermelho ardente,
e o futuro que já está presente

Agora cabe a mim fazer ventar
Mas esse vento não sopra,
Nem faz barulho
Esse vento mora dentro de mim
e só deixando as coisas velhas suspensas no ar
e tendo a direção para onde soprar
Que irei me transformar
Na primavera que você trouxe a todos para alegrar

E lembrar

A natureza mora não somente fora, mas também ela sou eu

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rotaciono
Aumento a velocidade,
Não estaciono
E não me perco na invisivel idade

Doo tempo
A minha velha alma
Rotaciono
Desenvolvo a minha vista
Caminho ao meu sagrado
Com uma vela,
Tento iluminar o meu rosto
O meu caminho

Chego perto, tão perto
E então paro
Ufa, agora eu estaciono
Deixo um pouco de tempo
Para meu corpo
Para minha Terra

Assim vou crescendo
Como uma árvore
Vou me erguendo em direção ao sol
E este não pode faltar
Apesar de tudo estar escuro dentro
Não esqueco que na minha mão
Há fogo,
Existe, então uma vela

E quando me esqueço dela
Não me esqueço das raízes que criei
Nem das promessas que firmei
Das profundezas,
Ainda não saí
Apesar de todo dia chegar mais perto do Sol

Não me detenho
Apesar de saber que nunca alcançarei

Pois um dia, eu arderei
Como o fogo da minha mão
Como o Sol, minha inspiração
Como o escuro dos meus passos
Quão forte são nossos laços

Amo todos
E vencerei

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meu amor

Vou cantar pro meu amor
Ela carrega uma vida
Ela que é tão bonita
Flor da primavera
Luz do Sol central

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Esbarrei em mim

Outro dia parado, admirando uma paisagem
Fumando
Me deparei comigo mais novo
Foi estranho
Ele me contou sobre os seus sonhos, suas ideologias
Me mostrou seu comportamento, o seu olhar
No final, sorríamos um para o outro
Eu achando seus sonho bonitos, contudo suas idéias eram péssimas.
Creio que ele saiu me achando inteligente, mas rígido demais.

A grande coisa aqui, amigos
É a paixão
É trabalhar com paixão
Não dizem que o amor é cego ?
A paixão que é cega e desenfreada.
Atropela tudo.
Você mesmo acaba ficando cego.
Seus pensamentos ficam com seu cheiro
Seus olhos com suas flores
Mas nela você existe.
Você é fogo. Ativo e renovador!
Vivendo sempre almeja este ente, a sua meta.
E quando a paixão vai se acalmando, você começa a pensar:
Será que ela me abandonou? Vou ter de procurá-la ?
Depois então de ter caído, você é iluminado.
Na vida, a antiga paixão se mostra como amor. A borboleta que saiu de seu casulo.
O trabalho foi o calor, só porque era paixão.
A partir de então você vive não mais mergulhado pela paixão, mas pairando sobre o oceano do amor.
Sua visão e entendimento da vida estará numa tal harmonia, que realmente as pessoas te notaram como diferente.
Você foi cego e não duvidou.Acostumou-se a luz do amor e agora a enxerga com seus olhos.
Então o cego conduz o seu povo.

Não venda o seu cultivo por um trabalho. Sei que veem. Mas e dae se seu poder de reação tá hipnotizado ? Um esforço descomunal tem que ser empreendido. Mas não seria está a única e verdadeira razão da vida ? Pelo o que voce vendeu a única coisa que tinha ?

Quando a mais alta Verdade é procurada, ele é aberta ao buscador. Quando é conhecida esta Verdade, poderes e mentalidade inimagináveis seriam alcançadas. Não é isso que os Grandes Sábios prometeram ?
Encerro.

Musica

Eu aqui neste lugar
Peço alegria para cantar
Eu aqui neste lugar
Paro para que me mova

Peço que venha
do Alto invisível
Em cima do além
A Força tangível
a todos daqui
E estamos aqui

Eu aqui neste lugar
Sento e percebo
A alegria de muitos
E o vento de um

Daqui do meio
Estão todos certos
As idéias
Já não mais importam

Eu daqui, de trás
Vejo na frente
Uma chance
Para poder acertar

Eu do lado
Espero poder
Contar
Com tudo

Eu na frente
Trago comigo
Uma estrela
Que brilha sem parar

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Delicadeza

Delicado voar
Do beija-flor
Ao tocar
O leve cheiro

Firme as suas asas
Rápido os seus olhos
Sereno diante seu alvo
Delicado ao voar

A delicadeza algo tão sutil
Que nem sempre é notada
Quando interrompida
Há sempre uma defensora
Para gritar e defender demonstração de Vida

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Paz

Perfeita Paz
Paz já
Palavra só
Perfeita sozinha
Na intercesão
No Inferno
No Vazio
Perfeita sozinha
Paz


Ó cientista da paz
Cercado ou encarcerado
Não tem saída
O ar é gélido
O clima aflito
Sua mente paciente
Não se movimenta
Nem sente o clima
Acha saída
No próprio Não

Não
O ar gelado
O clima aflito
Não

Sou paciente.

Haux

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dedicação

Uma vez parei
E quando parei,
Senti um vento enorme passando por mim
E a minha frente comecei a ver imagens que havia gravado naquele dia
Vivenciei novamente a rosa amarela perecendo no amanhecer do sol
Vi a textura do morango e provei de seu açúcar

Depois foram passando pensamentos
De quantas coisas de fora faziam parte de minha preocupação
Por quanta bobagem já tinha chorado
E por quanto choro já havia desconsiderado

Fui revendo minha história
Vi minha adolescência, minhas paixões
Minha infância, a alegria dos meus pais!
Tudo eram cenas que haviam permanecido na escuridão

Entrei na escuridão
Ouvi um barulho imenso
Senti um tremor no ar
Estava no meio de uma tempestade
E eu era sugado em sua direção !

Alguma coisa queria me afastar
E fui me afastando
Fui indo para longe e vendo que a tempestade era gigantesca
Elas eram formadas por uma névoa colorida parecida com as minhas memórias
E estavam em choque com outras névoas minhas
Criando mais névoas, repletas de sonhos, de idéias fantásticas !

Fui indo mais para longe e vi animais e plantas fazerem a mesma coisa
A nossa sociedade, o nosso próprio planeta Terra fazer a mesma coisa
Vi grandes constelações sonhando
E vi o nascer de uma pequena estrela

Como alguma coisa pode trazer sentimentos meus dentro de si ?
Que me fazem sentir o que senti
Que me fazem sentir totalmente identificado com aquela língua
Que me fazem sentir tanta compaixão
Que me fazem sentir tão grandiosamente humano

Por isso hoje dedico meu texto

Aos risos que se findam
e aos choros por causa de risos

Aos amigos
e à memória

Às tempestades
e ao respeito

Ao vermelho com açúcar
E as rosas que se acabam.

domingo, 26 de setembro de 2010

Shell

Andei pelos três cantos do Mundo
Pois todos sabem que o Mundo é redondo e que possui três lados

Fui andando por esquinas
E nelas encontrei muitas pessoas que me contavam histórias
Nunca me senti perdido
Afinal estava com elas e nós não sabíamos aonde queriamos chegar

Corriamos com o vento desesperados
Ou melhor, esperando alguma coisa mas não com tanta pressa
Escutamos profecias, teorias conspiratórias
Vimos coincidencias e acreditávamos na sorte, na nossa alibe

No final, percebi que muita coisa já havia sido escrita desde o começo
No começo, recém nascido eufórico queria chegar logo no final para ser adulto
No meio, acreditei que não havia fim

Aprendi muita coisa com tudo que se revelava para mim
Porém, não aprendi a botar o ponto final

Posso até ter chegado no final, mas ali não existe nenhuma placa indicatória!
Vida completa, homem interprativo que ainda não criou todos os simbolismos
E a vida está tão bem consigo mesmo que não precisa disso

Então começo a nova caminhada, um novo aprender de existência
Contudo, sempre que começo
Não esqueco de rir
Um riso para dentro, um riso meu
Um sorriso identidade, completamente meu
Não !
Completamente eu !

Só para me certificar que não ficarei triste se ninguém me der a mão

Um riso só para me lembrar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Big Bang

O povo do ar virou uma lenda, diziam que viviam se transformando de forma em forma e correndo atrás de algo que ninguém sabia o que era.

Uma vez eu conversei com uma pessoa desse povo.
Me lembro até hoje como chamei ele: fiquei três dias pensando neles e no terceiro dia fui para uma floresta escura.
Era noite de lua cheia, havia névoa e havia vento.
Tentei me comunicar com o seu suspiro, imitando o seu barulho e sentindo sua brisa.
Fiquei a uivar como se os estivesse chamando
Uivei até ficar contemplativo e foi então que percebi que esse barulho vinha de dentro de mim!
Eu não precisava fazer o barulho porque ele já estava ali, quer fizesse ou não.
Foi entao quando enxerguei uma silhueta formada pelo vento na escuridão da floresta prata.
As vezes via um olho que quando me via pareciar secar tudo que havia dentro de mim.
Conversávamos telepaticamente.

Estava muito curioso em saber a história, a cultura, a personalidade daquele povo tão cêntrico.
Pedi para que me contassem algo.

Me falaram que há muito tempo atrás, tudo estava escuro.
Não sabiam se era caos ou ordem, feio ou belo. Era apenas escuro.

Só que existia uma bela mulher.Eles o chamavam de Maní.
Ela tinha luz própria e andava por ae, iluminando a escuridão.
Foram então que grandes deuses começaram a se enxergar e a enxergar ao seu redor.

Vaidosos que eram, quiseram logo organizar tudo que encontravam na mais perfeita matemática e não satisfeitos fizeram imagens representativas com a matemágica.

Ah! Alias, o povo do ar me disse que eles são só deuses porque ficaram tanto tempo no escuro mergulhados dentro de si e está também uma das grandes razões por qual quase todos são vaidosos e egocêntricos.
Me falaram também que foi então com a luz que começaram a ter noção de distância e de separação, foi o começo para a comunicação em outro nível como por exemplo o auditivo e tátel.

Continuando a história, os deuses seguiam Maní atrás de sua luz.Todos os deuses adoravam Maní e bendiziam seu nome e quanto mais bendito era o nome de Maní, mais ela se fortalecia e mais luz reluzia.

Até que os deuses pediram a Maní para criar uma esfera mágica para que se pudesse iluminar mais. Maní feliz em ajudar o Universo em sua própria descoberta aceitou e entrou dentro da esfera.

Nessa hora falaram que pouco se sabe mas que foi um momento muito tenso.
Pois quem agora era encarregado de conduzir a esfera?
O que aconteceu foi uma guerra onde a esfera acabou sendo destruída.

Dizem que na explosão surgiu o nosso Universo.
E é por isso que falam bem de Maní, pois conseguem ver toda beleza que existia dentro dela.
As nebulosas, os buracos negros, as constelações, o calor, as cores tudo isso mostrava o quão rica e feliz era.

Falaram que gostavam muito de nós, que as primeiras tribos ainda tinham pedaços de Maní bem acesos e por isso faziam coisas fantásticas.
Mas que com o tempo o homem e outras coisas foram perdendo a sua luz.
Maní estava esquecendo que era uma coisa só, que necessitava estar em harmonia para sua saúde.

O vento me disse que procura por qualquer coisa que ainda possa ser reacessa.
Eles disseram que são parte do deus do vento que em outro Universo tenta reanimar Maní.

Fico sorridente quando vou contar essa história para pessoas como vocês.
Pessoas que deixam Maní um pouco mais viva.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sentido

Pare de mexer os olhos
Ligue uma música
Desligue seus olhos do mundo
Relaxe os pés

Leia as palavras e tente relacionar com algo
Com o vento fresco que se faz presente em volta de você
Com o barulho daquela música que você mal iria escutar e agora parece tão lenta e ritmada
Com sua vontade de fazer outra coisa
Deixe-se plainar um pouco na névoa de sua mente

Palavras lidas
Pensar, relacionar
Memórias armazenadas
Lógica, mídia
Substâncias químicas
Eletricidade, formação
Sinapses nervosas
Divino, físico
Salto quântico

Como pensamentos imbuidos de sentimentos podem estar numa estrutura inexistente ?
Se magnificar proclamando nos ares: memórias ?
Como esta palavra pode ir até o abismo da criação e trazer para o nada : um rosto carinhoso e até mesmo um choro kármico ?

Sabe na verdade não estou certo sobre muitas coisas não.
Só sei quanto mais vou vivendo, vou me relacionando com o universo e me aflorando em emoções
E acabo me lembrando cada vez mais que essas emoções são minhas
Também, sei bem quando essas emoções minhas se sentem tão distantes, tão apáticas às emoções dos demais

Quando vejo uma foto de cachorro, já trago a lembrança do meu no pensar. Fico a imaginar que local os outros vão quando vão resgatar as suas.

Com tudo
No final
São só palavras
É só o passado
É só a música
É só a simbologia
É só o vazio.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Wah Wah

Tudo começa por algo que se perdeu
Algo que foi perdido há tempo demais
Alias, não sei como o conceito de tempo é relevante aqui

Minha alma treme e silhuetas povoam o olhar periférico
Alguma coisa ri, repete minhas frases, e se irrita com todo o tipo de pensamento
De segurança, destruição; de comunicação, de velocidade
Sempre se irrita!
Fica calmo também.
Porém se faz onipotente principalmente quando se chateia e usa sua voz seca e alta que ecoa dentro da cabeça causando terror e agonia numa prisão criada pelo próprio prisioneiro
Um sentimento tão peculiar
Bizarra natureza

Não possuo chave para sair de sua presença
Alias este algo parece se deliciar com a desmoralizante situação, usando uma voz doce cheia de sarcasmo
Minha percepcao se altera coexistindo com esse simples ser
Uma inteligencia que mostra o quão patética é meu saber, o quão retoricamente podemos retroceder

Chacota o meu pensar, minhas palavras...
Esvaindo qualquer sentimento de segurança
Fico com medo, com bastante medo
Me aquieto, me sinto em inércia eterna até me acostumar
Então saio um pouco para brincar

Afinal não tem alternativa
Ou saio para brincar e choro
Ou choro desde o começo

Chega me atormentar tanto, a enfiar tantos espinhos no vazio que até sinto uma catarse prestes a eclodir

E tudo fica nesse ponto: girar, espiralizar, tremer, repetir, incomodar e de saber que tudo isso faz parte, que não teria como me queixar do que presencio
Não se engane
Gostaria de me queixar
Não gosto que toquem em minha essencia, nem que a façam vibrar tanto que posso sentir meu coração se abrindo e se abrindo cada vez mais para chegar num ponto que desconheço
Culminando com uma risada impessoal, distante, giratória, em alta velocidade
Uma risada que não é minha
Maléfica de verdade

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ai tempo

Estou suspenso

Aquele ar que por mim passava
O barulho que todas elas faziam
Tudo isso cesou

À meu olhar era diferente

As cores me aqueciam
Se não me fizessem sentir longe
As palavras me faziam cocégas
E ao mesmo tempo me deixavam autista

Todo aquele movimento

E eu ! Ali !
Fazendo parte daquele todo
E me reconhecendo muito bem
Com um sorriso no rosto !

Parecia um filme

O que dizer para aqueles
Que ficaram na reticencias ou fissurados numa palavra?
O que projetar para um mundo
Que se fixou no inexistente e que guerrea pela imagem ?

Conceitos simbólicos
Se tivesse música estaria mais seguro
Se estivesse mais em paz entraria em coma
Momento e tempo infinito
Vibração e morte

Mas tudo isso: passa.
Passa rápido
Nem me dou conta
Choros e risos
Planos e fatos

Tudo isso para mim não conta
O que para mim importa
É o seu sorriso
Agora.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Historias

O orgulho se rendeu
Não dava mais
Era orgulhoso demais
Para que deixassem tocar em sua honra

Jamais admitira
Que falassem dele mais do que se devia
Ou deixaria alguem dizer
Algo que ainda não tivera força para fazer

Resolveu logo o seu problema
Fez a amizade com o fogo, o seu lema
Assim, ficava sempre ferido
E corria em torno da labareda, completamente perdido

O dois sairam cantando
O fogo e o orgulho estavam para sempre combinando
Voce deveria ver
A linda mulher que fizeste deles o amor florescer

curvas

O petroleo se findou
O ouro virou pedra
A audiência se cansou
Profissões viraram merda

O limite foi transgredido
conveniêncas esquecidas
O equilibrio reestabelecido
Luzes artificiais perdidas

A noite amanheceu
E o furacão refletiu
O mar se secou
E a escuridão se viu

O Diabo se converteu
Jesus teve um filho

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Simbolismo de um mundo intangivel

As palavras são pequenos verosemelhanças
As palavras vem de um Mundo onde meus labios somente tentam tateiar

Num relâmpago, em um lapso: elas saem de lares adormecidos, assim como de meus labios
E em meus ouvidos escorrem segredos; encaminham com espelhos magicos: a nossa imaginação, os nossos sonhos, a visão de um real mundo realmente utopico

sábado, 28 de agosto de 2010

Passagem

Ei ei ! Me ve minha passagem
Nao aguento mais morar aqui
Ei ei ! Nao preciso de bagagem
Nao quero levar nada de lembranca

A viagem pode demorar anos
Quanto mais longe melhor
Me leve ate meus castelos
Trague essa choupana para a terra

Arraste o tempo perdido
Para dentro de um furo
Sou um homem arrependido
Com esperanca no futuro

Ei ei ! Apague os rastros
Nao quero que eles voltem
Ei ei ! Não sou mais casto
Nao vivo nessa mentira de ontem

Tudo bem se lá não tiver nada
Já estou muito cheio deste mundo
Tenho 3 faces e nao presto para cada
Minha vontade é de ficar mudo

Trago comigo minha melancolia
E isso ja basta
Penso que sera de grande valia
Para cativar sem precisar contar historias

sábado, 21 de agosto de 2010

I'd still have to say it

Um sorriso brota
O ego se delicia na cama de massagem
Fica feliz até o momento
Em que lembra de mim; fica, então, aflita
Não devia ter te dito essas coisas

Era muito melhor quando não havia essa pretenção, este por fazer.
Antes somente trocavamos olhares
E ficavamos felizes por saber que tinha alguém que olhava para nós

De repente, eu ardente
Vim e pus um motivo por trás do olhar que era até então inocente
Sonhos criados
Interrogações na cabeça dos dois


Ela gostava de namorar...
Sabia equilibrar na balança flerte e amizade
Alias sabia tão bem que camuflava os dois
Nesse jogo até tentou dar corda, apesar de não desejar de verdade

Fiquei pálido
Não sabia se devia subir a corda que ela me dava
E ao mesmo tempo ainda acreditava que a velha inocência me levaria para cima

Depois de meses de partida,
Ela querendo criar provas irrefutáveis do meu desejo
E eu tentando omiti-lo, defendendo-o com minha vida

Ela ficou a se perguntar se não teria sido melhor
Nada disso ter ocorrido

Ter deixado a água parada: cheia de lodo
Mas pelo menos era aquele lodo que nos trazia uma lembrança
Uma lembranca segura: de saber o que se podia esperar
De saber que os dois se lembravam das mesmas coisas

Teria sido muito melhor

Não ter escrito ou sonhado
Não ter falado ou tentado

Seria bem melhor,
Mas mesmo assim eu ainda teria que ter falado o que falei
Tirar um suspiro do coração para transforma-lo em espinho
Fazer crescer este espinho até sangrar o coração
Ver meu sangue e me sentir vivo

Depois vinha o mais difícil, pois você voltava a cena

Tirar este espinho e te oferecer de presente
Não triste de arrependimento
Mas feliz, por ter feito o que fiz
Ter errado o que errei
E ter aprendido com a dor

Algo que não pode ser aprendido de outra forma

Você achou até sádico meu presente
Mas pelo menos podiamos voltar a nos olhar daquela velha forma

domingo, 15 de agosto de 2010

Eu ditado

Eu aprendi
Eu aprendi
A te encontrar
A te encontrar

Surdo e pálido
Mudo e calmo

Mas não esqueci
Esqueci
A como te amar
Como te amar

Vamos arriscar
Eu vou te irritar
Vc de manha e birra
Toda segunda de manhã



Vamos caminhar
Vamos caminhar
Surfando pelo tempo
Surfando pelo tempo
Sabendo que moro
Sem casa no mundo
Sabendo que sonho
Nas ondas do som
Sabendo que faço
O que der na telha

Eu entendi
Eu entendi
O plano de jogo
O plano de jogo

Chato e rápido
Molhado e complicado

Não esperava
Esperava
Voce ao meu lado
Voce ao meu lado

Vamos tentar
Eu vou me separar
Assim bem cedo
Pego e vou sem medo

Vamos caminhar
Vamos caminhar
Surfando pelo tempo
Surfando pelo tempo
Sabendo que moro
Sem casa no mundo
Sabendo que sonho
Nas ondas do som
Sabendo que faço
O que der na telha

sábado, 14 de agosto de 2010

Esqueci

eu aprendi
a te encontrar
surdo e mudo

mas nao esqueci
como te amar
toda manha


eu nao quis
me separar
mas tinha que andar

vamos
caminhando

vamos
nos aventurar

vamos tentar
nos encontrar

vamos andar
pelo tempo pensando
que eu que

sou
nunca serei de novo

andando no
infinito

em circulos
de areia que escorrem do tempo

tempo que temos
para perceber

o que sou nunca voltarei a ser


------------

eu aprendi
a te encontrar
surdo e mudo

eu esqueci
como te amar
toda manha

as areias...
o andar...
o circulo fadado a repetir
me fez esquecer de ti

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

(Des) Encontros

Te conheço
Te perco
Linhas retas
Se (des) encontram no infinito

O infinito circula
E por fim,
Sempre voltamos
Para o mesmo ponto

Ciclos distintos
Que se pertecem
Que se intercedem
Sempre ou nunca

Vidas paralelas
Disconexas
Incertas
Supreendendo ou me abandonando

Mas me diga,
Qual seria a graça
De ler nossa história,
Se nao houvesse entrelinhas ?!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Outro mundo, bem pertinho

Fui arrebatado para outro mundo
Despenquei nele, caia de muito longe...
De uma hipnose
Cheguei nele como que abduzido

Lá a música tocava alta
E eu dançava até os dedões do pé
Pedia mais
Não queria deixar nada para trás

Via novamente aquela velha confusão
Com um sorriso na cara, curioso para saber a proxima palavra
Todos de cara fechada e eu nos meus momentos finais como se beirasse a morte
Fazia um comentário e olhava para todos esperando um riso amigável

Queriam que compreendessem
O que uma frase simples poderia lhe mostrar
Até onde uma tragada poderia lhe levar
Até onde uma verdade lhe fechava o tocar

Lá a arte gritava
E eu via as cores me abraçando
Pedia menos
Sentava e estabilizava na sintonia: vibrando

Via novamente aquela falsa harmonia, dos antigos hábitos
E os seguia, esperando um passo novo
Mesmo que seus movimentos fossem o que esperava
Me contentava em ter previsto a caminhada

Queriam que compreendesem
O que uma bebida podia lhe pesar
O que um fato podia lhe revelar
E como um julgamento podia lhe equivocar

De vez em quando voltava para este velho mundo
Ficava aterrorizado
Eles quase me convenceram de que nao deveria nunca mais voltar
Alguns destes ate visitaram esse mundo mas acreditaram no que se tornaram

Nisso jamais me conformarei
Alguém ter decidido voltar
In this world there is nothing I will rather do
Porque quando estou nele, estou somente refletindo o que fora nele

Tenho ambições em meus sonhos hoje
Que ocupariam meu corpo e minha alma por mais quinhentos anos
Se não vivo pela descoberta, atrás do inesperado
Me enterrem e me mandem de volta para este mundo que hoje vivo


Lá a música tocava alta
E eu dançava até os dedões do pé
Pedia mais
E o som aumentava como numa oração que se reza com fé

Lá a arte gritava
E eu via as cores me abraçando
Pedia menos
E sentava e estabilizava na sintonia: vibrando

Por lá eu escrevi e me findei
Me antevi e me matei
Por lá eu caminhei e abracei
Me escutei e me compreendi

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Devaneios no deserto

Minha locura comeca, num tempo distante
Embaixo do Meditarrenêo, onde a areia jorrava do céu

Nos templos do Egito, em um deserto imenso
Que gritava nu fazendo a sombra se deitar

Na mente o eco de andar
Trazia ensurdecedoramente, o destino de delirar

Serpentes rastenjando, a divagar o tempo
Contido no cheiro do sol que denunciava as paginas do templo
Caminhamos sob o livro e ficamos perdidos
Folheamos areias que escorrem, nela somos entretidos

Sendo assim,
O aviso era tragado pelo barulho
A turbulencia causada pelo eco
Sugava os pensamentos; o rio estava parado.

E o homem ainda nem tinha notado:
As suas palpebras haviam secado

Um piscar conduziu
Uma gota d'agua pela sua boca
O rio já podia seguir
E sentir a areia solta se unir

A chuva livre do céu
Escolhera escorrer entre a areia
Desenhava uma praia para quem admirava deitado
Desfazendo teias de um eco a sonhar

Teias de sonho
Teias de sonho

O deserto queria mais espaço
A aguá enxugava suas lágrimas
E o vendaval congelava o momento

Veio até o fogo bater palma no final
Deixou até o bocejar da noite:
Uma linda aurora boreal

Enquanto isso a serpente contemplava
Nadando em volta de um cacto
Em circulos, ela esperava
A volta do mundo feito de factos

Aquele mesmo mundo debaixo das areias
Aquele que enxergava demais
E nao via os sinais.

Ela já sabia da festa marcada pelas estrelas

Deserto no Mediterranêo

Minha locura comeca
Num tempo distante
Num tempo de areia
La pelo meditarreneo
Nos templos do egito
Um deserto imenso
Que grita nu

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pé Atrás

Vou te dizer
O que eu acho
Acho que você gosta
Da minha cara de idiota
E da agitação involuntária
Das minhas mãos

Quer saber?
Acho que na verdade você gosta
Que eu vacile em minhas respostas
Para que nós dois
Fiquemos a rir de coisas opostas

Você se achando esperto
Eu rindo da sua inocência
Você suando frio
Transpirando

Pirando
Me vendo pela esquina
Quando ainda nem sai
Da minha cama
Do meu quarto

Eu sei
Que anda pensando em mim
Mesmo que escondido
Bem sei como é
Querer e fingir que não
Fazer birra.

Quer saber ?
Acho, ou melhor, estou certa
Que você não sabe como se flerta
E que gosta de mim

A Inafipe

Epifanias
Já ouvia escutado a palavra

Mas nunca havia me sentido tanto no momento certo
Apesar do relógio fazer questão de me dizer que era tarde
E euu pensando que ainda era cedo

Cheguei na casa de meu avô

Ainda assim na fepi; andava com um sorriso na cara
Mas desconhecia por que andava
Não estava sem vontade

Talvez tenha me expressado mal
Só estava em direção a um destino que desconhecia

Sendo varrido por minhas pernas
Eu estava molhado que nem a areia
Era hora de ser varrida também
O atendente fazia isso bocejando
Cumprindo os ciclos

A areia que mais parecia lama
Suas cores iam se misturando
Em cima do calçadão branco e preto

A chuva flutuava
Me arrebatando para outro mundo
Me despertando

Percebendo que há 5 horas
Fazia o mesmo movimento com as mãos
E que a minha visão não me apresentava um feedback

Já se passava das três

Para o meu braço alcançar era perto o suficiente
Porém minha visão não enxergava

A Inafipe

Reconhecendo

Há muitas formas de se falar
O que é transmitido por um simples olhar
Há muitas formas de se ver
O que as outras pessoas pensam

Por favor, não me tome como uma particular forma
Pois por mais que eu me apoie nela para me apresentar
Ela não lhe dirá nada
A não ser como se separar

A escolha tem suas multiplas facetas
O humor, o nojo
A seriedade, o curioso
A repetição, o desgosto...

Acredite quando digo
Existir varios cheiros dentro de um perfume
Depende de quem o cheira, se já se acostumou com esse cheiro no travesseiro ou se está a flertar
Depende de quem o usa, se vem com um sorriso ou com cuspes de argumentos
De como ele se apresenta, com um abraço ou levado por uma brisa

Acredite existir varias formas de se beijar
E o mesmo pode lhe dizer que lhe amo ou que estou a escarrar na sua boca

Acredite desconhecer tudo
Que passara a hora de julgar

Então terá segurança para escutar uma voz bem mais esperta
Essa voz não reconhece parametros
Pois se reconhecesse cometeria os mesmos erros
Confundiria o meu sorriso com ironia
E o esgoto com seu perfume

Essa voz é tão mais esperta que não fala.
Nem escreve.

Mas você é capaz de escuta-la e de lê-la.

domingo, 25 de julho de 2010

Epifania

Num lugar mais longe
Onde a visão não enxerga
Contudo, era perto o suficiente
Para o meu braço alcançar

Já se passava das três manhã
Minha visão já não me respondia com um feedback
Minha mão fazia o mesmo movimento
Há mais de 5 horas

A chuva me acordara um pouco
Me lembrava que antes conversava com uma estranha
Agora eram dois outros estranhos
Um era chato e seu amigo apático

Mas havia despertado um pouco
Mesmo arrebatado para outro mundo

A chuva flutuava
Em cima do calçadão preto e branco
E suas cores iam se misturando
A areia que mais parecia lama fazia este trabalho

Momentos de epifanias
Seriam estes também ciclos ?
Varridos pelo atendente do quiosque
Era hora de ser varrido também

Eu molhado que nem a areia
Era varrido por minhas pernas sem vontade
Em direção a um destino que nao conhecia

Talvez tenha me expressado mal
Não estava sem vontade
Mas desconhecia por que andava,
Ainda assim andava com um sorriso na cara

Cheguei na casa de meu avô
Pensando que ainda era cedo
O relogio fez questão de dizer que já era muito tarde
Mas nunca me senti tanto no momento certo

Epifanias.

terça-feira, 20 de julho de 2010

William Blake

Há um Sorriso que é de Amor
E há um Sorriso de Maldade,
E há um Sorriso de Sorrisos
Onde os dois Sorrisos têm parte.

E há uma Careta de Ódio
E há uma Careta de Desdém
E há uma Careta de Caretas
Que te esforças em vão pra esquecê-la bem

Pois ela fere o Coração no Cerne
E finca fundo na espinha Dorsal
E não um Sorriso que nunca tenha sido Sorrido
Mas só um Sorriso solitário

Que entre o Berço e o Túmulo
Somente uma vez se Sorri assim
Mas quando é Sorrido uma vez
Todas a Tristeza tem seu fim

terça-feira, 6 de julho de 2010

A beleza

Já escutei que o maior prazer que se pode ter na vida
É fazer o que todas as outras pessoas dizem ser impossível
Gostar de algo na qual você é pessimo
Nutrir amores por uma pessoa que não te ama
Provar que alguém está errado


Como nossa natureza é sombria ainda
Imagina entender esta essência, talvez fique com nojo de todos e de mim mesmo
Afirmações que demonstram nosso reflexo perante o sistema...
Não é igual a ver uma equacao matematica no quadro e subjetivar a realidade para dentro desta linguagem
É conversar a origem e ve-la na prática... Deve ser assustador considerando a nossa real beleza, porém deve também ser apaziguador saber explicar o que te revolta

Ser bom no oposto de sua filosofia de vida é algo complicado
Porque desistira da matemática se eu a compreendo tão bem
Talvez por ela não me entender ou por não me mostrar tudo que anseio
Porque jogaria minhas forças na essencia da vida, na filosofia
Se todos diriam que viveria infeliz, até uma parte de mim diz o mesmo
Me esforçar para compreender a melancolia de Nietzsche ?
Compreender alguém que diz que os valores morais estão no lixo e que a história não tem propósito

Sim, fico intrigadissimo
Mas onde reside a felicidade ?
Talvez eu compreenda, talvez a filosofia seja melhor companhia que a matemática
Mas a humanidade é a companhia mais desagradavel de todas, ditando quem me compreenderia e restringindo minhas escolhas no que ela teve sucesso

Ter sucesso ou buscar meus sonhos

Sucesso e realização
Beleza e feiura
Música e harmonia

E se todos estiverem enganados onde realmente existe a beleza
Se a felicidade mora na realizacao e nao no sucesso
Se a beleza mora na compreensao do feio
Se a paz mora na harmonia silenciosa e nao na musica

Se homens tem seus animais de estimacao para verem eles morrerem
Para o que estamos sendo preparados, e se nao estivermos sendo preparados no que estamos tornando
Para ver o objetivo da história, me perdoe nietzsche, ou para lhe cuspir na cara ?
Para realçar os valores ou para contraria-los e sermos exclusos da sociedade

O meu medo de me distanciar de todos
Pois vejo beleza no feio
Compreendo quando alguém não fala nada
Me diverto principalmente quando estou a conversar com algum mendigo
Respeito muito mais quem não tem educação mas que tem rugas de experiencias
Seria minha natureza cruel ?

Não lembro onde li nem da frase corretamente
Mas dizia que para não contar sobre o seu sucesso nem de suas qualidade mas de seus defeitos, sobre seus erros ou sobre o que você odeia
Imagine que nossa natureza se delicie por saber a sujeira de outros
Sim...
Talvez fiquemos estressados com a paz e fiquemos felizes em termos problemas para solucionar
Saber o que somos é vital para transformar no que queremos ser
Mas o que queremos ser provavelmente receberá um escarro na cara e um olhar apático

Feliz ideologicamente e triste rotineiramente
Triste ideologicamente e feliz naturalmente

Estaria eu buscando a infelicidade
Me afastando da sociedade

O que de fato ninguém quer é terminar sozinho
Mas a verdade é que todos os sonhos acontecem quando fechamos os olhos

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Prolongue sua ausência até um estado nostalgico de deja vu

Tempos

Nossos sentimentos são elementares

O passado é um lago escuro iluminado pelo farol da melancolia
Ilumina coisas vivenciadas
Elas realmente aconteceram e por mais que lembremos erroneamente, para pior ou para melhor, de algumas coisas não se pode mudar a essência dos fatos
O sentimento que temos guardados em relação a tudo isso

Antes era formada de pura água que foi magnetizada pelos momentos vividos tornando se uma água turva cheia de mistérios dentro de si
Uma página em branco que se transforma em um livro cheinho de palavras
Alguns querem apagar o livro, enquanto outros querem voltar para ler a velha história repetida

O presente é um vento aleatório guiado por pipas que estamos a segurar
Por mais que tentemos controlá-lo temos que ter a sorte do sopro
A sorte, a aleatoridade de cada decisão, que revela outra enxurrada de escolhas
Aqui percebemos que nos fazemos presentes que somos relevantes, mas que ao mesmo tempo temos que contar com o dia

Um vento calmo para quem ainda não se aventura e é levado por sua rotina
Um furacão para quem decide ser guiado pela própria aleatoridade, as vezes é bom sentir seu corpo sendo levantado por algo que não controla mas em que confia
Uma brisa para quem sabe manejar a pipa
E talvez porque nao dizer um abano para quem controla a situação ?

O futuro é um fogo expansivo controlado pelo espirito
Ele sussura a vontade da alma e tem a euforia de fazer tudo aquilo que ainda falta
O livre arbitrio, a negação do destino fazem para ele tudo possível

Quem tem muito a fazer parece uma criança e tem que ter cuidado para não se queimar
Para quem já não arde de vontade sua chama se apaga e seu futuro está fadado
Ele é o bom, não que eu julge as coisas dessa forma, porém vendo ele como o conselho, a vontade daquilo que talvez possamos chamar de alma, me inclino para esse julgamento.

Aliás pensando assim, o passado deve ser o diabo já que ele fica dando uns toques como diria Raul. Ao mesmo tempo que é mãe.

O presente sou eu, voando na aleatoriedade.
O caminho do meio.
O antes e o depois.
A água e o fogo.
Entre eles o nada, o ar que não enxergamos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aprendendo

Tive um deja vu
Vi pessoas trabalhando sem paixão
Andando e sendo chicoteadas
Acreditando em um milagre e chorando com suas familias

Tive a impressão de ter visto esse lugar e me levantei da poltrona
Fui até a janela e me deparei com um poço de lágrimas no esgoto
A rua exalava calor e o mijo escorria pela parede
Pessoas andando cabisbaixas, olhando para aquele chão fetido, sobre o que deveriam estar a refletir ?

Trabalhando para um salário apertado
Tragando os seus cigarros, como uma dose anti-stress
Bebendo para esquecer e falar no que acreditam
Ignorando o que as machucavam

Me lembrava das coisas infantis que acabara de ver no filme
Eram as mesmas em que vivia
Fiquei triste por pensar que talvez fosse melhor
Um chicote cheio de sangue do que uma mão na cabeça

Amanha terei outro deja vu
Mas dessa vez tentarei rir
Por lembrar que já vi isso num filme

E depois de amanhã
Chorarei por ter rido
Logo depois, ficarei confuso
Pensando se não choro por bobagem

Lembrarei, então da frase de louco Blake
O eterno esta enamorado dos frutos tempo

No futuro, então com mais centenas de outros deja vu, perceberei:

Que terei criado um mar com minhas lágrimas
Nela estará um reflexo emoldurado

E uma sinfonia com meus risos
Que são levadas pelo silencioso ritmo de meu maestro: a confusão

Terá também uma cadeira de praia onde estarei sentando tomando minha água de coco
Me vendo no reflexo da luz no fruto que espero anciosamente que caia

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Espaço Limite

Caminhava na praia
Via meus passos
No espaço da onda

Ajoelhei e fui arrastado para dentro do mar
Não me importava em respirar
Achei gaivotas nadando peculiarmente ao meu redor
Em seta apontavam para algo longe

No horizonte vi
Um lindo bebe radiante se deitando
Seus olhos verdes, com lágrimas de sono
Se entregam laranjas

Ele boceja
E então, de repente
Sinto um terremoto

Provoca um turbilhão de luzes
Enxugadas por um lençol
Que vem em minha direção

Sou envolvido pelo lençol...

Melancólia: despedidas, abraços e encontros
Eufória: castelos inteiros para se explorar

Todas as cenas eram extremamente vivas
Acho que por serem banhadas por essa tremulenta luz laranja que vinha de cima
Me fazendo sentir um personagem daquilo que não havia vivido

Olhava e via o lençol dançar
Mostrando cada feixe de luz na sua devida cadência
Enquanto meu reflexo o via revolto
Por pisar no nosso laranja

Nesse imenso azul laranja
Vi que meus passos e grandes astros estão juntos

Fomos os que formaram estrelas
Viramos pó de estrela

Antes contemplava o sol
Agora sou laranja

O que seria de nós dois
Se avistassemos tudo que há no mar ?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cartagena

Tempo livre
O céu está nublado
Em cinco minutos
Construiram pontes
Entre dois mundos distintos

As vezes, chove
Nessa antiga cidade
Desfazendo amizades

Luzes
Verde ou amarelo-ouro
Se afirmo: um sorriso surge
Se duvido: a chuva cai

Se fico prepotente: irrito
E sei que estou dessintonizado
Natureza perfeita e calada

Mata a vontade
De transformar o reflexo em vida
Agua da chuva enterra a vida na rotina
Se entendo, me condenam
Se prefiro nao ver, me ataco

Se escrevo, libero:

O tempo aprisionado de uma cidade livre.

Dit E Escolha

Duas portas
Sem nomes ou ao menos notas
Existiriam sinais no chão ?
Pergunta apagada pela escuridão

Reflexos de luzes
Atormentam os olhos de quem surge
Atrevido é quem escolhe
A página de um livro de mil e uma folhas

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

A calma apaga as luzes
E lá, no escuro, cremos que vemos
Os nossos pròprios medos,
As moedas que nunca perdemos

A duvida de nao ter um medo
Distorce o reflexo confiante
Condenando um velho surdo sem valor
Que procura, tateando o terreno, uma guerra

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

Ele ainda escuta o canto
E escolhe não dançar o pranto
Nem pegar as moedas que lhe chamam
Para declarar uma guerra que ja existe

O surdo que escolheu pegar
É julgado pelos que preferem falar
Sorte sua nao escutar o mundo gritar
A raiva da moeda que o fez escutar

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Escolha

Duas portas
Sem nomes ou notas
Sinais no chão
Apagados pela escuridão

Reflexos de luzes
Atormentam os olhos de quem olha as portas
Como escolhas
Do certo e do errado ou talvez do nada

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

A calma acalma as luzes
E lá já vemos
As moedas que corromperam
Este mundo de quem não escolhe

A escolha da porta
Traz consigo gritos de fora
Que avisam da luz que cala o som
Dos mesmos gritos de fora

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

Quem está fora
Prefere não se corromper
Pelas moedas que brilham demais
Corrompidas pelo medo de desejar

O que escolhe não julgar
É julgado como perdido
Pois jamais volta ao mundo que é somente um reflexo da moeda julgada

A escolha mora
Dentro da calma de errar
O erro mora
No fingimento de querer acertar

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Se contradizendo

As perguntas movem
As respostas paralisam

O movimento mostra
O estático clama

O clamar amedronta
O proclamar fala

O medo fortalece
A certeza enaltece

A força cria o amor
Enquanto o medo se mantém velho

O amor cria sonhos
O sexo nos deixa céticos

Os sonhadores criam vidas
Os céticos se assustam com A vida

A vida envelhece
E a morte renova

Na juventude envelhece-se
Na velhice arrepende-se

Feridas ensinam
Carinhos mimam

Conhecimento revoluciona
A arte reconforta

Incomodados tentam melhorar
Confortados afirmam o ruim

Dúvidas criam amizades
Afirmativas enaltecem o ego

Amigos apoiam o novo
A sociedade dita o velho

Apoio revela o caminho
Caminhos escondem o achar

E paradoxos matam textos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Inspiracao

Eu peco inspiracao,
Divina inspiracao

Porque outrora perdi toda esperanca
Quis ser o mais cetico
O mais rebelde da natureza

Tentei obriga lo a ser mais uma ilusao
Quis obrigar que voce fosse
E nao o deixei somente ser.

Nao disse nada
Ou melhor vc disse nao
Ainda bem.

E agora eu peco mais

Peco por inspiracao
Peco que me de
Algo que nao mereco ganhar

Pois outrora passei errante

Mas mesmo assim nao me acanho em pedir
Porque eh a unica forma
De nao voltar a outrora

Onde quis jogar tudo fora,
Quando fiz o meu tudo muito pouco

Mas mesmo sendo muito pouco quis maldize lo
Para me tornar menor ainda que o muito pouco
Acreditando que finalmente via as coisas da forma que sao

E agora peco inspiracao
Porque as vezes sinto que este pouco
Eh o tudo que eu preciso
Mesmo sendo cetico ou sonhador

O pouco ou o tudo
Eh algo que tenho
Na verdade nem sei se tenho
Quer dizer, nao o tenho

Mas eh algo
E se eh algo, eh
E como algo poderia ser ?

Que milagre !

Aonde reside meu ceticismo agora ?

Mas ele outrora volta
E novamente fara do todo somente um pouco
Para que eu me torne menor

Outrora menor
Eu o faco de nada
E outrora pensando ser sempre maior
Eu o pinto de tudo

Sera que importa o que eu faco com ele ?
Sera que por isso estou aqui:
Para saber a forma que julgo, que uso minha mente ?
Ou nada disso importa, tudo ou pouco, simplesmente eh ?

Balanco sobre o muro e nao me decido
Se acredito, ou se preciso ver

As vezes, as palavras parecem tao belas
Como rosas desabrochando lentamente sob uma aurora
Aurora linda que reflete na cachoeira sua cor alaranjada
Aurora que faz nascer a visao do belo
Aurora que nutre e simplesmente nasce
E ao nascer esquenta a natureza
Trazendo aos olhos a sua beleza

Aurora que decide, no momento
Somente no momento
para qual lado do muro irei cair

E aurora que quando parte me faz lembrar
De que outrora, elas sao somente palavras
De que na verdade, elas tambem nao sao.

Mas eu sou.Tambem.
Sera que importa a forma que eu me faco ser ? Tao bem.
Ou nada importa no que eu acredito se o que eu acredito nao for ?

As vezes balanco
Na minha verdade que ja desconheco

Mas acho que para conhecer, so duvidando mesmo

O que diria minha imaginacao se nao soubesse que ela eh somente imaginacao
Aonde estaria, entao, a minha inspiracao ?

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Desejos - Feliz 2010

Se tudo o que eu acredito for verdade?
Sera que em algum momento me fiz essa suposicao ?
Se tudo o que eu imagino como perfeito e quero que seja verdade for mesmo A verdade ?

Ao menos tudo caminha para essa verdade. Isso nao nego.
O que entao poderia pedir para essa nova realidade ?
Se eu posso pedir qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, o que pediria para este novo ano que chega amanha ?
Se tudo ja esta caminhando para o que eu mais quero o que poderia pedir ?

Que nada de errado ? Que nao se saia do caminho ? Que eu pare de fazer tantas perguntas ? Que eu descubra novos dons ? Pessoas melhores ? Paz no mundo ?

Sim, vou parar de fazer tantas perguntas e deixarei meu desejo falar mais alto.

Eu desejo mais amor fluindo neste mundo, mais amor consciente.Desejo mais amor para meu coracao que fraqueja em tempos.
Desejo que encontremos a verdade juntos e partamos juntos em direcao a novas verdades. Nao desejo a morte e sim a contemplacao da vida, vida que chega.

Desejo encontrar companhia para que me sinta seguro, mesmo sabendo que a seguranca sempre esteve dentro de mim. Gostaria dessa companhia para aprender. Aprender a manifestar o amor e que este amor seja manifestado para todos. Desejo companhia para rir, para entender aquela pessoa e conhecer tao bem sua alma que ate seja capaz de aquecer a minha quando estiver com o coracao gelado.

Desejo nao restringir ou limitar nada.

Espero que todos tenham o tempo necessario para encontrar suas verdades, mas mesmo assim espero ser possivel que eles saltem em suas crencas, pois tambem desejo que todas as pessoas escutem mais a verdade, sejam mais compreensivas e que realmente aprendam ao escutar.

Desejo que sejamos menos hipocritas. Desejo que tudo que eu considere certo seja tambem refletido em minhas acoes e que tudo que eu ache que esteja errado se revele como apenas uma ilusao do que eh estar errado. Que o errado desapareca. Que matemos o Diabo e Deus. Pois nos somos os proprios Diabos e Deuses que criamos. Que eu acredite que todos esses desejos nao sao somente para mim, como tambem para todos que emanam vida.

Desejo ser a mudanca que quero ver no mundo.


Espero que entendamos o valor da logica e tambem o valor do coracao. Aprendendo que nao existe mais importante.Desejo que aprendemos a reconhecer a paz inabalavel que existe em nossos coracoes. Que aprendemos a maneira de respirar, para entao conversar com nossos coracoes. Que admitamos que somos energias que se enfraquece para voltar mais forte. E ao admitir isto que sejamos fortes o bastante para compreender que nunca tivemos nada.Que tudo foi uma ilusao. Tudo foi sempre nosso, ao mesmo tempo que nem a nossa vida nos pertence.

Desejo que tenhamos coragem para fazer atos que nossa mente tem medo. E ao faze-los que fiquemos felizes, mas jamais soberbos. Que aprendemos o valor da humildade e a calma que ela reflete.

Desejo mais risos verdadeiros em 2010. Desejo que nada seja levado a serio, pois o serio defende a verdade e a verdade sempre eh mutavel.Que aprendamos a defender nossos pontos de vista sendo que defesa nao significa guerra e muito menos que a vitoria signifique persuasao. Que aprendamos a evoluir juntos.

Que aprendamos a admirar beleza e a feiura de tudo, pois tudo tem sua beleza, inclusive a feiura.Que aprendamos que este mundo eh dual, e que saibamos o motivo de cada lado dual existir.Aprendendo o valor do amor e do medo.

Que encontremos mais pessoas que desejem tudo isso. Que eu nao pare de desejar coisas melhores.Que sejamos mais aventureiros, que conhecamos mais coisas. Que deixemos de ser ignorantes. Que usemos a sabedoria ao inves de ter so conhecimento. Que tenhamos pensamentos proprios ao inves de copiar pensamentos de outros. Que conhecimentos passados venham iluminar nosso futuro. Que conhecimentos ocultos se apresentem em nossa vida. Que acreditemos em magia. Que acreditemos no amor.

Que nunca percamos a fe. Que compreendamos o valor da vida. Da nossa vida e das dos outros. Que nao fiquemos parados. Que consigamos compreender a restricao de cada um. Que compreendamos o odio e o medo de cada um e sejamos sabios o suficiente para encontrar uma forma de ajudar-lo. Que entendamos que estamos conectados.

Que vejamos o que nosso coracao sente.
Que sejamos somente um instrumento do amor por vontade propria.
Que nao haja preocupacao.
Que os rotulos desaparecam.

Desejo que encontremos a liberdade.Para que assim possamos nascer.

Desejo que em 2010 nos nascamos para o mundo de uma forma consciente, fazendo escolhas livres.

Tenho certeza que todos estes desejos irao se realizar.Talvez nao completamente, talvez em partes, porem se realizarao. Talvez seja so uma questao de fe como este talvez ira ser convertido.
Muitos, entao, pensariam que nada mais poderia desejar no ano que vem, entao para finalizar fica mais um desejo para o proximo ano :

Desejo achar em 2010 que tudo que desejei para este ano foi pouco.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Divagações tranquilamente agonizantes

Eu vi o meu mundo. Na loucura. Só assim a vejo. Não erro, mas errei e errarei. Queria sintonizar com os outros.Na minha loucura. Preciso de alguém. Existente. Que não me prove, mas que eu acredite. Tento ser tão leve para a sintonia. Acabo dessintonizado.

Fico leve inconscientemente. E se fosse do outro lado ?

Quero falar bonito.Só o que eu acho é um coração levado. Pela batida. Batida que quero fazer. Mas que em cismo em ser leve. Medo. Medo de ter uma batida pesada. Aonde prefiro ser levado quando acho que estou leve.

Até consigo criar quando estou incoscientemente leve. Mas isso dura um lapso para minha memória. Um lapso bonito, que no momento parece durar para sempre. Mas a agonia volta. Minha sombra volta a ditar o ritmo. Danço. Contudo é uma dança feia. Ainda bem.

Sinto você. Mas com toda a certeza do meu ranger sei que não me sente. Agonia que transforma o que era para sempre em mais um lapso de memória. Sei o que vejo. Mas quando tento ver, só me resta as lágrimas nos olhos.

Não quero parar. Por favor não me abandone. Sempre procurei por você. Já encontrei muitas faces suas. Mas nunca a vivi de verdade. Ainda é um lapso. Preciso de você. Que o tempo pare de existir.Pois eu só preciso de uma. Meu coração sente e nunca mente. Sempre foi você. Mas nunca foi mais de um lapso. Já que meu coração pensa mas infelizmente também sente.

Como posso conciliar? Sangue ferve e as luzes aumentam. Te vejo na locura. Da batida majestral. Mas estou leve. Aquele que pensa não consegue aceitar. Por isso escrevo. Não aceito a vida. Aceito-a de forma leve. Isso não basta.

Mas como posso errar ? Leve ou consciente ? Quando isso deixará de ser. E será? Fundido ao meu tempo e espaço em harmonia com o seu ? Será possível ? Tudo isso ter sido somente leveza ? Meus pensamentos, meus ideias, meu amor. Ter sido somente uma coisa ? Uma mentira.

O que penso não condiz com minha agonia. Estou muito fora do caminho. Mas finalmente tomo consciencia disso.

Que eu pese a partir desse momento.

Que eu pese na mentira. Que eu seja seguro. O que sinto agora, ninguém sente ou sentiu. Como todos poderiam se sintonizar comigo? Estou tão só. Contudo as vezes acho 1 2 no máximo 3 em leveza pura comigo. Mas sinto uma força desarmonica no resto. Que me agonia.

Que me faz idealizar você. Minha sintonia.
Queria saber quem é você.

Na minha mentira.

Pois eu ainda estou longe de ter aprendido o que esse lapso quer me fazer aprender.

Que eu me sintonize ? Ou que eu abandone essa mentira ?

Por favor, diga me que dessa vez irá me contar quem sou.

Eu não te amo. Mas quero. Simplesmente sou a idéia do que você tem de mim. Que pena se não for você...

Cuidado com os meus desejos. Quero ser o que irá destruir toda a minha leveza. Na verdade, não sei se quero. Tem como evitar ? Tem como acelerar ?

Me ache !!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

É contigo

Vida e palavras
Palavras bonitas e sinceras
Vida devastadora
Deu na telha

Escrever a imaginação
Não vivida
Coisas não sentidas
O que não consigo

Com sinceridade
Espero que quem termine
Comece na telha
E termine na vida

Sou a vida
Eu a faço
Seu caminho
É seu destino

Seu sorriso
Meu sorriso
E assim tudo é lindo
Para quem vive o infinito

E assim, vazia eu sou
Te dou o presente infinito
Quem com palavras tentou
Um dia se condenou

Não sou pedra e nem sou reza
Faço o que meu coração confessa
Pois assim o mundo passa
E sobre mim tudo resta!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Palavras sentidas

Metalinguagem
Lógica sentida
Palavras definidas
Sentem e transmitem

Óh ! Lógica sentida
Nós faz virar pensamentos
Levarei você
Ao mais belo riacho

As águas cantam
A grama tem falhas
Mas ainda é bem verde
Venha com bastante sede

Pois este riacho
Nos chama
Boie na sua
Linda, água cristalina

Olhe a beleza
De um alvorecer
Na sua plenitude
Mas não espere

Não pense
No depois
Pois
No depois do alvorecer

Só não pode vir
A pergunta
Para onde vou ?
Onde estou ?

Sentindo ou persistindo ?
Metalinguagem
Da lógica sentida

Olhos

Nado sereno
Em um calmo mar
Nem parece mar...

Olho para cima
Uma atmosfera redonda
Cheia de belas estrelas

O particular brilho azul
De cada fagulha luminosa
Grita pelo foco dos meus olhos

A bela, pálida e imponente Lua
Dona das mulheres
Minha silenciadora

Que noite linda!
E que mar calmo...
Uma luz começa a descer do céu

Eu tento focar nela
Flocos de cristais
Em perfeitas formações melancólicas

O que é isso ?

Não estou mais a nadar
Flutuo e me vejo
Somente um quadro

A luz vira uma gota
O mar é uma lagoa
A lua ainda é bela.

A gota cai
No escuro lago


O tempo se abre como uma flor
Pequenas ondas se formam
Iluminadas pela pálida Lua

Essa lentas e brilhantes ondas
Ressoam algo
Apertando meu coração

Minha alma quer voar
E meus olhos se abrem

Então percebo
Estive mergulhado tempo demais em seus olhos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Espero sendo

Desacredito que desacredito
Sua imagem se comunica tão bem
Pondo-me de volta aos trilhos
Trilhos que desacredito.

Mas sua imagem volta
O que falta à mim ?
Desacredito novamente
Não quero ir,
Como não quero caminhar.

Porque ?
Desacredito
Sinto e ainda sim
Desacredito.

Volte a mim
Terminemos o que deixamos
Eu sou a falta de fé
E sua completa passagem.

Me abandone para eu acreditar
Mas volte a mim
Pois sua imagem
É a minha vida.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Se

Se eu te falasse que tenho medo ?

A toda hora eu penso em desistir e a toda hora quero continuar.

Coragem e covardia.

Para entender o auge da coragem é necessário que se veja a cara mais feia da covardia. Medo é natural, quem disse que a covardia é sempre vencida ?
Existem pessoas mergulhadas nela em suas outras temorosas faces.

Eu sei bem a face da minha covardia, mesmo assim, ela me faz sentir covarde. Me dá mais ânimo para lutar e as vezes me deixa na cama o dia inteiro pensando.

Você aceitaria um homem com medo ?

Um homem metade medo ?

Um homem que precisa de ajuda, que precisa de palavras...

Pobre e magnífico homem. Decide tu que irás fazer com cada ego seu.Jamais será capaz de errar se souberes que o presente sempre estará ao seu lado.

Mas mesmo assim se assuste, se acovarde e sobretudo ame.

Se eu amo... quais são as forças contrárias que irão tentar me jogar para trás e fortalecer meu amor ?

Forças estupidamente fortes e inexistentes.

Metades... Ciclos...

Estaria eu fadado a repetir o mesmo erro ?

Ou alguém me domina para dizer que estou destinado? Ou outro me domina me dizendo que destino não existe. Eu sou metade de tudo, eu sou dual feito o mundo.

Aceitaria minha companheira minhas metades mais podres ?

Eu dilacerar meus erros ? Jamais. Eles são eu e eu sou eles. Eles são a vida e a morte.

Aprender com eles é intrinsico e falar nisso resultaria em algo que não precisa ser provado nem afirmado.

Melhorar eles ? Vai ver energia ainda é cedo. Vai ver tenho medo da cara deles. Vai ver eles não precisam ser melhorados, afinal onde estaria minha verdade maior se concluisse isso ?

A perfeição dentro de imperfeição.

Contudo se tudo fosse perfeito, a vida cessaria. Acho que nunca divaguei sobre essa minha filosofia podre. Acho que estou prestes a mudar.

Seria Deus, os números, as leis, os sinais todos perfeitos? Ou lapsos de perfeição ?

Eu vejo sinais de perfeição a toda hora. Mesmo que isso negue tudo o que se fala sobre fim de mundo ou que negue a sociedade caótica que todos dizem estar acontecendo.

Vai ver o fim do mundo está próximo e a sociedade realmente esteja realmente a beira do caos.

Perfeição ? Vai ver eu estou louco.

Vai ver é somente mais um ego dizendo para eu não melhorar. Vai ver eu só quis abrir metade do olho e deixar o resto fechado... Continuar vivendo a minha própria mentira.

Se eu soubesse a verdade... Agora eu só especulo.

Eu especulo que sou perfeito mas também muito imperfeito.

Se eu fosse imperfeito ...

Se eu fosse perfeito ...

Acho que na verdade a questão está muito longe disso.

Mas de verdade nunca estive tanto próximo de você.

Se eu nunca estive errado? Tomara que não !

Se o meu "se" estiver metade errado, acho que dessa vez te escutarei.

Já havia escutado falar de

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Conversa

Queria escrever para sempre. Sabe? Não parar nunca...

Escrever o que eu acho que é certo e saber que está tão errado quanto o que eu crítico.
Escrever meus erros, meus egos, minha imaginaçao, minha lógica, meus elementos químicos em ação, minha energia, meus sentimentos.

Escrever tudo o que eu penso e ir pensando enquanto escrevo. Escrever, evoluir, pensar, mudar...

Não negaria que esse prelúdio uma hora chegaria ao silêncio. Estavava fadado a repetir o mesmo erro. Eu sempre chego no silêncio, ou ao menos ele chega até mim.
Ciclos...

Mesmo negando que a evolução é infinita, por mais ilógico isso pareça, eu reconheço que a lógica tem seus limites.

Até onde eu posso convencer uma pessoa ?

Até quanto eu posso impor minha verdade tão errada para alguém ?

Como eu posso ajudar uma pessoa a pesar duas coisas que na verdade tem o mesmo peso ?

Como eu posso ser ilógico ?

Como eu posso te provar coisas que não só dependem de pensamento?

Coisas que não existem em livros escritos por ganhadores de premios Nobeis?

Como eu posso te provar uma coisa que eu não sei explicar em palavras ou te provar pelo método cientifico?

Como te provar algo tão duvidoso que as vezes até eu me confundo ?

Acho que a primeira coisa a se divagar está tanto na palavra provar. Provar tem a mesma base que a palavra acreditar.

Eu te provo, você acredita. Eu te desprovo e você desacredita.

Como eu formei as minhas crenças do que é real ?
Eu provei por mim mesmo ou deixei que outros me levassem por suas crenças?

Sabe eu te xingar ou te elogiar, te matar ou te dar a vida, escrever um texto mais profundo ou um texto infantil.

Nada tem valor no momento em que você não acredita. Acreditar é o maior poder que poderia se ter. Maior ou menor dependendo do que você acredita. Maior e menor ?

Acreditar é intrinsico do homem. Nós acreditamos.

Eu acredito em gangue, em pixe, em violência. Acredito em céu e inferno, acredito que cigarro não faz mal aos meus pulmões. Acredito que 1 + 1 é 2, quando nem sei o que é 1.O 1 é tão abstrato quanto o amor, só existe nas idéias, contudo todos acreditam nele.

A religião da matemática incerta e a incerteza do amor sentido.
Que mundo louco!

Eu acredito que a lógica é amiga e ao mesmo tempo inimiga. Acredito que um sentimento é maior que a coisa mais difícil que se possa aprender.

Nada mudará sua crença se não você e você é suas crenças.

Este texto nada adianta se você não pensar por si só. Se não estiver atento a cada palavra, você estará sendo submetido a uma nova realidade.Uma realidade em que você é uma marionete.

Uma realidade que você não muda, caso não pense.

Afinal é tudo um diálogo de hipocrisia. Eu digo para você não ser um instrumento, uma marionete. Quando acredito ser uma.

Como eu acredito ? Acho que isso vocês nunca poderão saber.

Mas como você acredita ?

O Mendigo e o Capitalismo

Hoje, voltando do supermercado, vi um mendigo com uma lata de lixo nas costas. Ele estava remexendo o lixo para ver se encontrava algo para comer.Ele olhou para mim, eu baixei os olhos e ele continuou a procurarno lixo.

Continuei andando pensando no mendigo e fiz uma anotação mental de escrever sobre isso.

Cheguei em casa, usei o banheiro, arrumei as compras, fiz algo para comer, comi, arrotei e então lembrei.

Lembrei do BENDITO mendigo.O MALDITO mendingo estava lá, com fome e eu com comida na mão. Ele olha para mim, cansado de pedir e então eu abaixo meus olhos para evitar sua pedição.

"Eu te conheço ?? "

"Tadinho dele... "

"Isso é tudo meu ! "

"Essa é a lei da sobrevivência. "

"Bem-vindo ao capitalismo ! "

"Trabalhe para você conseguir o teu ! "

"É para comida mesmo que você vai usar o dinheiro?! "

"Que nojo, mexendo no lixo ! "

"Onde foi parar a privacidade ? "

"Nossa tá quente hoje, né ? "

Bem, primeiro gostaria de deixar escrito meu arrependimento. Arrependimento esse que espero mudar.

Todos esses pensamentos, que tive e aposto que muitos tem também, são distrações mentais, para que você não perceba. Logo, logo passa um carro ou um vento e leva com ele o seu mais leve despertar.

Eu cresci no Rio de Janeiro, não lembro da primeira vez que vi mendigos, mas acho que foi quando eu era bem novo. Eu devo ter ficado assustado e corrido para minha mãe que me reconfortou com belas palavras, que se transformaram numa canção de ninar para meu cérebro.

Depois eu devo ter crescido, melhorando algumas capacidades de abstração, fiquei grande, aprendi a ter minha própria opinião.

Ou foi isso que me levaram a crer?

Canção de ninar que o capitalismo fortalece e o faz crer que nunca foi mais fraco.

"Você não precisa de ninguém, pois você ganha dinheiro" ou "você já rala demais para se sustentar, não dá para ajudar" ou " isso vai acarretar um comportamento social dos mendigos" e muitos outos.
Basta ver um mendigo para ver estas frases ou as de cima citadas novamente ou para ver brotar uma cara feia.Eu como era muito maduro e muito esperto, resolvi segui-los. Uma pena.

*Me lembrar de escrever sobre pena e desculpa*

Veja como estamos infectados. Nossos pensamentos são degradantes, nossa vida humilhante. Mas todos lutão para ver quem irá rir por último.

Não é ridícula a frase: "Isso vai acarretar um comportamento social dos mendigos." ? É uma frase apavorante. Apavorante de ridículo. Curioso ter escutado professores falando isto: não dê esmolas, pois assim eles irão se acostumar.
Então me apavoro da sociedade que me cerca.

Os mendigos são frutos meus, são frutos do instinto do homem, são frutos da ambição. Os mendigos são culpa do capitalismo.

Os mendigos foram criados por todos que já seguraram um dinheiro na mão.

A ideologia do capitalismo defende a ambição instintiva do homem. Se alguém usa esta afirmação é porque sem dúvida é animal demais. Se você defende tal idéia, você defende brigas, você defende desigualdade social.Você defende o mendigo e provavelmente bateria no seu amigo que fosse usar seu banheiro, já que o instinto de território é tão forte quanto o instinto de ambição.

Outra questão para pensar para aqueles que tem dinheiro: oportunidade de ganhá-lo só surgiram por sorte. Porque você estudou em escola ? Não foi sorte ter nascido numa familia? Ou por acaso você se acha escolhido e superior aos outros? Você acredita que aquelas pessoas passam fome porque merecem ?

Eu sou uma criança, eu era uma criança. Mas nesse meio tempo me taparam os olhos. Claro que tudo é necessário e tudo foi para a perfeição, mas quando me taparam os olhos, meus instintos ganharão forças e meu ego se fortaleceu.

As vezes me sinto como uma pessoa que está repetindo o que outras pessoas já falaram. Alguns responderão: "De novo essa baboseira?" , quem sabe isso não é somente um reflexo inconsciente para levar o seu pensamento embora e você se contentar com isso. Não se contente com o mundo atual. Não se contente.

Mas não sinta raiva, sinta amor. Só escrevo isso para me fortalecer, fortaleça-se aqui também, nunca mais se dobre aos animais intelectuais, dobre-se e brinque para sempre com o amor.

...


Tem gente que ainda defende o capitalismo e tem aqueles que compreendem mas estão contaminados demais com as suas doenças.

Doenças capitalista que contaminaram eu e você, mas que não polui a todos.Tem gente ainda que crítica quem fala. Tem gente que tem raiva no coração ainda.

O quanto você quer ver da verdade ?

O quanto você quer ser feliz ?

Me explica ?

Você já viu máquinas de embaralhar cartas?

Elas supostamente estão embaralhando-as de forma aleatória.

Para se explicar para máquina essa forma de embaralhar, criamos scripts de algoritmos que teoricamente poderiam representar um aleatório.

Contudo, se ela está definida, como ela pode ser aleatória ?

Ácho que pode-se dizer que não dá para explicar para a máquina o que é aleatório, afinal aleatório é algo que não possue uma explicação, se não possue explicação, logo não se pode criar um script que explique ela.

Nós humanos somos capazes de fazer isso ?

Eu seria capaz de escolher entre duas coisas de forma aleatória?

O truque está em se ver de terceira pessoa e ver que comando de script está te comandando em tal momento. Dissolver as partes ruins do script.

Aleatório deve ser divino. Divino não deve possuir explicação.